EU CAÇADOR DE MIM
É doloroso quando se chega aos cinqüenta, olha para traz, e tem a sensação de ter feito tudo errado. Principalmente quando se passou uma vida inteira tentando acertar. A frustração é tão grande que sinceramente não se sabe se terá coragem para recomeçar. A vontade que dá é de deitar e acreditar que nadou, nadou para morrer na praia.
Há muito, este é o sentimento que vem tomando conta de meu ser.
Não que eu seja uma pessoa fácil de desistir de atingir os ideais. Sempre batalhei muito para alcançar meus objetivos. Mas, ultimamente, confesso que estou me sentido desmotivada. Acredito muito em Deus, tenho fé, com toda certeza, por que do contrário não estaria nem aqui tentando escrever este texto. Quem conhece meus escritos, ao ler este, pode testemunhar o que digo.
O que ainda me dá força para resistir a tudo que tenho passado, o qual não culpo a ninguém se não a mim mesma, são meu marido, meu neto, minha irmã e meus amigos que sempre me mandam mensagem de reconforto. Peço perdão a Deus por estar fazendo este desabafo, por que sei que existem pessoas em situação muito pior que a minha. Não quero que Ele permita que seja aumentada minha prova, mas tenho que desabafar, procurar a mim mesma, creio que só assim posso evitar um mal maior.
Aos poucos, digitando essas idéias mal elaboradas, sinto-me mais aliviada, sinto a presença de mamãe acompanhada de uma equipe espiritual dando-me um banho de energia reconfortante, o sono parece chegar, fico por aqui. Vou me deitar convicta de que amanhã é outro dia, e certamente me sentirei mais feliz.
terça-feira, 3 de junho de 2008
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